MAIORIA DECEPCIONA

Melhor ocupação hoteleira em dia de jogo será 98%

03.06.2014

A menor taxa é prevista para o jogo entre Grécia e Costa do Marfim, com apenas 57,8% de ocupação

Em julho, é esperada uma ocupação de 51,60% dos leitos no Estado

FOTO: LUCAS DE MENEZES

O jogo entre as seleções brasileira e mexicana, no próximo dia 17 de junho, em Fortaleza, durante a disputa pela Copa do Mundo, deverá levar a rede hoteleira da Capital a atingir uma taxa de 98,34% de ocupação, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (ABIH-CE).

Apesar do índice elevado, o otimismo deve parar por aí. Isso porque os demais jogos que deverão ocorrer, em Fortaleza, ainda neste mês, não devem atingir o mesmo patamar de ocupação. A disputa entre Uruguai e Costa Rica, por exemplo, no dia 14 de junho, deve preencher 77,13% dos leitos disponíveis na Capital cearense. Ocupação semelhante também deve ser registrada entre Alemanha e Gana, no dia 21 e junho, que terá 77,78% dos quartos preenchidos.

A menor ocupação, por enquanto, é prevista para o jogo entre Grécia e Costa do Marfim, no dia 15 de junho, com 57,86%. Para Darlan Leite, presidente da ABIH-CE, o desempenho menos favorável durante os demais jogos do evento esportivo se deve aos quartos devolvidos pela operadora oficial da Fifa, que havia bloqueado, inicialmente 70% dos 16 mil leitos disponíveis. "O índice de cancelamento chegou a 77%, mas já tínhamos uma expectativa negativa, pois algo semelhante ocorreu durante a Copa do Mundo na África do Sul, em 2010", disse ele, afirmando, ainda, que a operadora da Fifa não conseguiu negociar no mercado internacional os leitos disponíveis. "O jogo do Brasil já era de se esperar pelo próprio público nacional. Mas os estrangeiros que deveriam visitar o País no evento não devem chegar ao número esperado inicialmente", completa.

Manifestações

Conforme o presidente da entidade, as manifestações, que tiveram início durante a Copa das Confederações no ano passado, também influenciaram no baixo nível de ocupação da rede hoteleira. "Além dos protestos, a própria situação econômica europeia também pesou na hora dos estrangeiros decidirem viajar", acrescenta Darlan.

Temporada de julho

O número menor de reservas de leitos durante a Copa também impactou negativamente em todo o mês de junho e julho deste ano. De acordo com a ABIH-CE, em junho, é esperado 66,74% de ocupação da rede hoteleira em todo o Estado, índice um pouco acima do registrado em igual período do ano passado (65,17%). A situação mais critica fica para o mês de julho, considerado alta estação, onde é estimado apenas 51,60% de ocupação dos hotéis, uma queda de 28,14 pontos percentuais na comparação com o ano anterior (79,46%).