sexta-feira, 30 de maio de 2014

Pago a desempregados

Seguro levou R$ 5,54 bi do FAT

30.05.2014    

Brasília. O governo usou R$ 5,54 bilhões do patrimônio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) em 2013 para cobrir os gastos do seguro-desemprego e abono salarial. Foi necessário retirar esse volume de dinheiro do patrimônio do fundo para cobrir a diferença entre o rombo de R$ 10,37 bilhões registrado no ano passado e a injeção insuficiente de R$ 4,83 bilhões do Tesouro Nacional.
Por conta dos aportes que tiveram que ser feitos para fazer face às despesas obrigatórias, o patrimônio do FAT terminou 2013 em R$ 209,7 bilhões, aumento de apenas 2,44% sobre a posição de 2012 (R$ 204,7 bilhões). Trata-se da menor evolução registrada em dez anos. Na passagem de 2011 para 2012, por exemplo, o patrimônio do FAT cresceu 10,52%. Os números foram apresentados ontem na prestação de contas do exercício 2013 em reunião do Conselho Deliberativo do FAT (Codefat). A maior parte das despesas do FAT é obrigatória e tem tido expansão acelerada nos últimos anos.
Os pagamentos de abono salarial e seguro-desemprego aumentaram de R$ 39,95 bilhões em 2012 para R$ 46,56 bilhões no ano passado. Em 2002, os gastos desses dois benefícios eram da ordem de R$ 7 bilhões. Houve uma explosão nas despesas no mesmo período em que o desemprego caiu para patamares mínimos. Ao todo, as despesas do FAT subiram 16,27% em 2013, sendo que os gastos com o pagamento de seguro-desemprego aumentaram 15,53% e os com abono salarial, 18,82%.
O fundo ainda é obrigado a repassar recursos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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