quinta-feira, 29 de maio de 2014

OPERAÇÃO CÁRTULA

MPF denuncia grupos por golpes de R$ 10 mi

29.05.2014

Além do Ceará, os criminosos agiram em São Paulo, Alagoas, Piauí, Maranhão, Paraíba e Brasília

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Em março deste ano, os delegados federais Carlos Eduardo Pellegrini, Renato Casarini e Wellington Santiago deram detalhes sobre a operação
FOTO: ALEX COSTA
O Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) denunciou ontem (28) 12 pessoas integrantes de dois grupos de estelionatários presos por fraude bancária envolvendo instituições como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander. O MPF estima que o prejuízo tenha chegado a R$ 10 milhões às diversas instituições financeiras atacadas e aos correntistas entre 2013 e o início deste ano. As informações são da Redação Web do Diário do Nordeste.
Um dos denunciados, chefiava uma quadrilha conhecida como "Mel de Canindé". Dentre os nomes apontados pelo MPF está o do ex-policial militar cearense Antonio Ferreira Araújo, conhecido como 'Júnior'. Ele foi expulso da corporação por cometer diversos crimes, como porte ilegal de armas de fogo, roubo qualificado, receptação e homicídio. Júnior também é apontado nas investigações como integrante de um grupo de extermínio que assassinava policiais.
Clonagem
A fraude, realizada principalmente no Estado do Ceará, consistia na clonagem de cheques roubados e comercialização de contas correntes em nomes de "laranjas" para que depósitos e saques pudessem ser feitos. Segundo o MPF-SP, os bandidos cooptavam clientes de bancos dispostos a "vender" suas contas bancárias e ceder cartões magnéticos e senhas para as movimentações fraudulentas.
"Paralelamente, as quadrilhas adquiriam de comparsas milhares de cheques em branco - a maioria deles, roubados - nos quais inseriam dados ilegalmente obtidos de correntistas de várias instituições.
Os documentos de crédito já preenchidos, igualmente fruto de roubo, eram adulterados da mesma forma", disse o órgão, em nota. As investigações apontaram que os participantes da quadrilha danificavam os teclados de terminais de autoatendimento e posteriormente, com o uso de uniformes, apresentavam-se como funcionários responsáveis pelo reparo, ocasião em que instalavam os dispositivos para a obtenção de senhas.
Além do Ceará, as duas quadrilhas atuaram em Alagoas, Maranhão, Paraíba, Piauí, São Paulo e Distrito Federal.
A denúncia partiu da Operação Cártula, deflagrada no dia 27 de março pela Polícia Federal e que, na ocasião, resultou na prisão de dez pessoas, que se dividiam em dois grupos de criminosos. Um dos líderes da quadrilha, Júnior, é ex-soldado da PM, acusado de comandar o tráfico de drogas em uma comunidade da Capital.

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