terça-feira, 29 de abril de 2014

Preparação para VI Cúpula

Implementação de Banco para desenvolvimento é pauta central no seminário do Brics

Nayana Siebra | 16h37 | 29.04.2014

Embaixadores dos cinco países estiveram reunidos nesta terça-feira (29) na Unifor


Reunião Brics
Embaixadores do Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul falaram das expectativas para a reunião da VI Cúpula
Alex Costa
Embaixadores do Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul estiveram reunidos nesta terça-feira (29), na Universidade de Fortaleza (Unifor), para debater sobre as expectativas para a VI Cúpula do Brics (bloco econômico composto pelos cincos países emergentes), que acontece em julho na capital cearense. Dentre as questões levantadas, a implementação de um banco de desenvolvimento vigorou como o principal ponto a ser formalizado no encontro.
O Brasil estava representado pelo embaixador José Alfredo Graça Lima que afirmou que a criação do banco foi discutida na última Cúpula (realizada em 2013 na cidade de Durban, África do Sul,) e que deve ser sacramentada na próxima reunião, quando os detalhes serão definidos, como o presidente e o local onde será a sede. De acordo com o representante brasileiro, o novo banco deve ajudar no desenvolvimento sustentável e na infraestrutura.
A África do Sul demonstrou interesse em sediar o banco. Representada por Mphakama Nyangweni Mbete, o país se diz preparado para receber o equipamento e reforça a iniciativa como o início do progresso para um Brics cada vez mais forte.
A Rússia também sinalizou apoio a criação da instituição e espera que seja iniciado um fundo de reservas. O representante do país, embaixador Sergey P. Akopov, acredita que o Brics vive uma fase preparatória para criar laços econômicos. O embaixador apontou a VI Cúpula como uma nova etapa do grupo, caracterizada pelo lançamento dos projetos práticos de cooperação.
Países buscam modernização da esfera social
O representante brasileiro também demonstrou interesse na construção de uma internacionalidade e reforçou a expectativa do lançamento de uma cooperação financeira, na busca da redução da pobreza e na melhoria da qualidade de vida. Essa modernização na esfera social também é uma das expectativas do governo russo, que defende quatro interesses estratégicos para ser debatido no Brics.
Além do desenvolvimento das esferas sociais, a Rússia aposta na melhoria da economia e no aproveitamento do caráter de complementariedade dos países. A Índia e a China também acreditam que o modelo de cooperação podem avançar.
O representante indiano, Ashok Tomar, destacou que a nação pretende buscar forças nas relações bilaterais entre os membros do grupo e enxerga a VI Cúpula como uma oportunidade de coordenar sobre questões de interesse mundias, além das cooperações e ajudas mútuas. Já a China aposta modelo clássico de cooperação pode ser elevado para outro patamar.
Seminário é aberto na Unifor
O seminário preparatório para a VI Conferência de Cúpula do Brics foi aberto pelo assessor para assuntos internacionais do Governo do Estado, Hélio Leitão, que reforçou a importância do encontro para suscitar a discussão e reflexão do novo cenário geopolítico internacional. Além do embaixador brasileiro, o vice-reitor da Unifor, Randal Pompeu, e o embaixador da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), Sérgio Eduardo Moreira Lima, compuseram a mesa e reforçaram a importância da participação da academia nos debates do Brics.
A Secretaria de Turismo do Estado (Setur) participou do seminário apresentando as potencialidades do Ceará. A Setur também reforçou aos embaixadores o pedido para que o turismo seja inserido na agenda da VI Cúpula. A ideia é que haja uma cooperação, com o desenvolvimento do intercâmbio entre os países do Brics.

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