NA CAPITAL
Falta comida para médicos cubanos
28.12.2013
Profissionais relatam que ficam sem almoço e, às vezes, sem o jantar, que deve ser ofertado onde estão hospedados
Médicos cubanos, participantes do programa Mais Médicos, em Fortaleza, estão enfrentando problemas diariamente para se alimentar. Os profissionais denunciam que chegam a ficar sem almoço e, dependendo do horário que saem do Centro de Saúde em que trabalham, até sem o jantar. Embora hospedados em um das áreas nobres da cidade, a Av. Beira-Mar, o local é longe de onde boa parte trabalha, e o serviço de alimentação se encerra antes que todos os cubanos cheguem das unidades.
O problema ocorre devido à logística do transporte e a moradia dos profissionais. Trabalhando em locais distantes, os médicos acabam perdendo a hora das refeições e não são compensados pelo programa FOTO: ÉRIKA FONSECA
Para ajudar os colegas, funcionários de um posto chegam a fazer "vaquinha" e comprar comida para os médicos não passarem fome. A Regional V, uma das regiões da Capital mais críticas em relação à necessidade de médicos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), é um exemplo desse cenário.
A reportagem acompanhou o trabalho de profissionais naquela região. Durante uma consulta, a equipe presenciou um profissional de Cuba recebendo uma sacola com pacotes de biscoitos das mãos de um agente de saúde. O médico confirmou que o alimento seria seu almoço naquele dia e que não fosse a ajuda dos colegas, estaria passando fome. "Quando a gente chega à tarde (à hospedagem), não tem mais almoço, pois é muita gente, e a comida acaba", garantiu médico o cubano.
Médicos cubanos, participantes do programa Mais Médicos, em Fortaleza, estão enfrentando problemas diariamente para se alimentar. Os profissionais denunciam que chegam a ficar sem almoço e, dependendo do horário que saem do Centro de Saúde em que trabalham, até sem o jantar. Embora hospedados em um das áreas nobres da cidade, a Av. Beira-Mar, o local é longe de onde boa parte trabalha, e o serviço de alimentação se encerra antes que todos os cubanos cheguem das unidades.
O problema ocorre devido à logística do transporte e a moradia dos profissionais. Trabalhando em locais distantes, os médicos acabam perdendo a hora das refeições e não são compensados pelo programa FOTO: ÉRIKA FONSECA
Para ajudar os colegas, funcionários de um posto chegam a fazer "vaquinha" e comprar comida para os médicos não passarem fome. A Regional V, uma das regiões da Capital mais críticas em relação à necessidade de médicos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), é um exemplo desse cenário.
A reportagem acompanhou o trabalho de profissionais naquela região. Durante uma consulta, a equipe presenciou um profissional de Cuba recebendo uma sacola com pacotes de biscoitos das mãos de um agente de saúde. O médico confirmou que o alimento seria seu almoço naquele dia e que não fosse a ajuda dos colegas, estaria passando fome. "Quando a gente chega à tarde (à hospedagem), não tem mais almoço, pois é muita gente, e a comida acaba", garantiu médico o cubano.
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