sábado, 28 de dezembro de 2013

EM ROMARIA

Parlamentares buscam emendas

28.12.2013
Deputados e líderes partidários estão em Brasília para tentar obter garantias de obras em suas bases eleitorais

Brasília. Preocupados com a própria reeleição no próximo ano, deputados federais interromperam o recesso para fazer uma romaria por ministérios numa vigília para a liberação de emendas. Dezenas de deputados e líderes partidários estão na capital federal para, em um último esforço, tentar obter do governo federal garantias de obras em suas bases eleitorais. As emendas que não forem empenhadas até o dia 31 de dezembro deste ano estão automaticamente canceladas.

A ministra Ideli Salvatti (esquerda) foi procurada, por exemplo, pelo deputado do PR de Roraima, Luciano Castro (direita), vice-líder do governo Foto: divulgação
O acordo fechado pelo governo federal com parlamentares previa o empenho neste ano de R$ 10 milhões para cada um, além de um "bônus" de R$ 2 milhões para os integrantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e líderes partidários.

Deputados dizem que nem tudo prometido foi cumprido. "Temos que ficar aqui cuidando porque se não cancela tudo e os ministérios redirecionam a verba para onde querem", diz o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ). "Até agora a viagem foi perdida. Tem muito problema e nem sinal de fumaça", afirma o líder do PP, Eduardo da Fonte.

O governo diz que o Ministério do Planejamento já deu a autorização para os empenhos e que os problemas existentes devem-se a deficiências nos projetos apresentados ou inadimplência das prefeituras. Dentro do Executivo há quem admita, porém, que em algumas pastas falta corpo técnico capaz de analisar os projetos em tempo hábil. As áreas com mais emendas e que teriam mais pendências são Saúde, Educação e Integração Nacional, mas há problemas em pastas com orçamento mais baixo como Esporte, Defesa e Direitos Humanos. O gabinete da Ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti foi ontem um dos destinos da romaria. O deputado Luciano Castro (PR-RR), vice-líder do governo, esteve lá. "Na hora em que eu fui tinha uns dez deputados. Saiu todo mundo triste porque não tem avanço", destaca.

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