Papa defende reforma da Igreja Católica para diminuir desigualdade
Folhapress | 10h19 | 26.11.2013
Propostas foram defendidas na primeira exortação apostólica do bispo divulgadas nesta terça-feira

Em um dos pontos da exortação, Papa Francisco reitera a posição da Igreja Católica sobre o aborto FOTO: Agência Reuters
Chamada de "Evangelii Gaudium" ("A Alegria do Evangelho"), a exortação apostólica divulgada nesta terça é o primeiro documento papal inteiramente escrito por Francisco. O texto usa um estilo próximo à pregação, no que difere da escrita acadêmica de seu antecessor, o papa emérito Bento 16.
Francisco convidou o clero a fazer uma reforma profunda das instituições eclesiásticas, de modo que a Igreja "se torne mais fiel ao sentido que Jesus Cristo quis dar-lhe e às necessidades atuais da evangelização". Ele disse estar aberto a sugestões de reforma para o que chamou de "conversão pastoral".
"Prefiro uma Igreja Católica arranhada, ferida e suja porque veio das ruas que uma instituição doente por estar confinada e agarrada à sua própria segurança", disse, criticando ainda a insistência de sacerdotes em expor as doutrinas e a centralização do Vaticano que, para ele, atrapalha o trabalho missionário.
O pontífice ainda citou o papa João Paulo 2º, morto em 2005, a quem disse ter pedido para ajudar a encontrar uma nova forma de exercício da liderança eclesiástica por considerar que houve pouco avanço nos últimos anos.
Ele também defendeu o uso de formas novas para o ensino do Evangelho, usando "novos caminhos e métodos criativos". "Não devemos encerrar Jesus nos nossos esquemas chatos porque um anúncio renovado oferece aos crentes, aos mornos e aos não praticantes, uma nova alegria na fé e uma fecundidade evangelizadora."
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