sexta-feira, 18 de outubro de 2013


68,4% ENDIVIDADOS

Inadimplência na Capital é a maior desde 2004

18.10.2013
Segundo a pesquisa, o cartão é o vilão dentre os instrumentos de crédito, apontado por 78,9% dos entrevistados
O nível de endividamento do consumidor de Fortaleza voltou a crescer em outubro ao mesmo tempo em que a inadimplência atingiu sua taxa mais elevada desde 2004. De acordo com pesquisa divulgada ontem pela Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), 68,4% dos consumidores da capital cearense possuem algum tipo de dívida -2,5 pontos percentuais a mais do que a percentagem de endividados no mês anterior (65,9%). O agravante é que 7,3% desses fortalezenses não terão condições financeiras para honrar seus compromissos - proporção 3,7 pontos percentuais maior em relação a taxa de inadimplência potencial de setembro, que ficou em 3,6%.

O levantamento da Fecomércio revela também que a compra de itens de alimentação continua a ser o carro-chefe do comprometimento de renda dos fortalezenses em outubro, com 42,6% FOTO: KELLY FREITAS

Segundo o estudo, o cartão de crédito é o vilão dentre os instrumentos de crédito utilizados, sendo citado por 78,9% dos entrevistados. Em seguida vem financiamento bancário (veículos, imóveis, etc) com 14,1% de participação, empréstimos pessoais (10,3%) e carnês e crediários (8,8%).

Peso no orçamento
O estudo revela também que a compra de itens de alimentação foi o carro-chefe do comprometimento de renda dos fortalezenses em outubro, com 42,6% das respostas. Os eletroeletrônicos estão em segundo lugar, com 38,2%, seguidos de artigos de vestuário (37,6%) e despesas com educação e saúde (26,7%). O valor médio das dívidas gira em torno de R$ 1.240 e o prazo para pagamento é de sete meses, em média, comprometendo 28,7% da renda familiar.

A proporção de pessoas com dívidas em atraso chegou a 19,9%, em outubro - alta de 5,1 pontos percentuais frente a setembro (14,8%). Quem puxou o aumento foram principalmente as mulheres, com idade entre 25 e 34 anos e renda familiar inferior a cinco salários mínimos. O tempo médio dos atrasos aumentou em dez dias entre setembro e outubro, chegando a 62 dias. A justificativa, segundo 66,2% dos entrevistados, foi o desequilíbrio financeiro
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