Pesquisa britânica pode render vacina universal contra todos os tipos de gripe
O vírus influenza é capaz de mudar, com extrema facilidade, as proteínas que brotam de sua superfície. No entanto, o material localizado no seu interior é comum a várias de suas mutações, levando os cientistas britânicos a acreditar que concentrar no núcleo do vírus pode ser a chave para desenvolver a vacina universal.
Acredita-se que uma parte específica do sistema imunológico, conhecida como células-T, seja capaz de reconhecer as proteínas que habitam o centro do vírus. Para examinar como essas células reagem diante da presença do vírus foram analisados 342 funcionários e estudantes que contraíram gripe suína (ou gripe A). A equipe analisou os níveis de um tipo de células-T no início da infecção dos pacientes analisados e constatou que quanto mais dessas células eles tinham, mais amenos eram os sintomas.
Os pesquisadores então isolaram a parte do sistema imunológico que oferecia algum tipo de proteção e a parte do vírus que estava sendo atacada, provavelmente comum a várias de suas mutações. “Esta é a base para uma vacina. Nós agora conhecemos o subgrupo do sistema imunológico que defende o organismo e identificamos os fragmentos-chave no núcleo do vírus que são atacados. Eles devem ser incluídos em uma vacina. Se este for realmente o caso, estamos a cinco anos de fabricá-la. Temos o conhecimento e agora temos de seguir adiante”, destacou Ajit Lalvani, que coordenou a pesquisa.
No caso de uma vacina universal contra gripe, o corpo seria estimulado a produzir altos níveis de células-T, mas os cientistas admitem que pode ser mais difícil desenvolver este tipo de vacina do que os que estimulam a produção de anticorpos. A questão será conseguir que o sistema imunológico produza um número de células-T grande o suficiente para criar uma resposta duradoura.
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