Deficientes auditivos celebram Dia Nacional do Surdo, na Praça da Imprensa
Redação Web | 13h17 | 26.09.2013
Grupo aproveitou para reivindicar maior inclusão para os surdos na educação
Membros de várias comunidades representantes de deficientes auditivos de Fortaleza se reuniram na Praça da Imprensa, em Fortaleza, na manhã desta quinta-feira (26), para comemorar o Dia Nacional do Surdo. Cerca de 300 pessoas, entre estudantes, pais de alunos surdos, intérpretes e professores, estiveram no local.
Cerca de 300 pessoas estiveram na Praça da Imprensa comemorando o Dia Nacional do Surdo FOTO: WILSON MEDEIROS
Além de celebrar a data, os participantes do evento reinvindicaram ações de inclusão para os surdos, principalmente na área da educação. Segundo o Censo de 2010 do IBGE, o Ceará tem cerca de 250 mil surdos ou portadores de alguma deficiência auditiva. Deste número, cerca de 35 mil estão em idade escolar. Entretanto, só exisem duas escolas para surdos no Estado: o Instituto Cearense de Educação de Surdos e o Centro Educacional Felippo Smaldone, que têm como língua de instrução a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras).
O professor universitário Emiliano Aquino é pai de um garoto surdo. Segundo ele, seu filho possui uma vida normal por ter frequentado uma das poucas escolas bilingues existentes em Fortaleza. O professor reconhece que seu filho é uma exceção e que apenas uma minoria dos surdos conseguem ter acesso a este tipo de escola. "Na verdade, uma minoria das crianças surdas do Brasil têm acesso a uma escola bilingue. Elas têm, portanto, a possibilidade de adquirir a lingua de sinais logo nos seus primeiros anos e ter uma vida normal. No plano de educação, a nossa luta é por uma escola bilingue, ou seja, uma escola em que a língua de instrução seja a Língua Brasileira de Sinais, a Libras, e que ensine o português escrito como a segunda língua. Isso sendo dado, os surdos têm todas as condições de uma inclusão social e de inclusão educacional", disse.
Outra barreira para os surdos é a ausência de concursos bilíngues, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para Marcus Weydson, um dos participantes do evento, as ações tomadas durante o vestibular são insuficientes para garantir a inclusão dos surdos no certame. "Como é que o surdo faz a prova do Enem? Com um intérprete. Isso é uma acessibilidade sim, mas são muitos surdos e o intérprete não vai conseguir atender a todos os alunos. O surdo usa o seu visual, portanto a Libras precisa ser traduzida de uma forma visual. O surdo tem o direito de fazer uma prova sinalizada para que ele possa compreender, mas o Enem e o MEC ainda não se sensibilizaram com isso", disse Marcus, que é surdo e conversou com a reportagem através
Cerca de 300 pessoas estiveram na Praça da Imprensa comemorando o Dia Nacional do Surdo FOTO: WILSON MEDEIROS
Além de celebrar a data, os participantes do evento reinvindicaram ações de inclusão para os surdos, principalmente na área da educação. Segundo o Censo de 2010 do IBGE, o Ceará tem cerca de 250 mil surdos ou portadores de alguma deficiência auditiva. Deste número, cerca de 35 mil estão em idade escolar. Entretanto, só exisem duas escolas para surdos no Estado: o Instituto Cearense de Educação de Surdos e o Centro Educacional Felippo Smaldone, que têm como língua de instrução a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras).
O professor universitário Emiliano Aquino é pai de um garoto surdo. Segundo ele, seu filho possui uma vida normal por ter frequentado uma das poucas escolas bilingues existentes em Fortaleza. O professor reconhece que seu filho é uma exceção e que apenas uma minoria dos surdos conseguem ter acesso a este tipo de escola. "Na verdade, uma minoria das crianças surdas do Brasil têm acesso a uma escola bilingue. Elas têm, portanto, a possibilidade de adquirir a lingua de sinais logo nos seus primeiros anos e ter uma vida normal. No plano de educação, a nossa luta é por uma escola bilingue, ou seja, uma escola em que a língua de instrução seja a Língua Brasileira de Sinais, a Libras, e que ensine o português escrito como a segunda língua. Isso sendo dado, os surdos têm todas as condições de uma inclusão social e de inclusão educacional", disse.
Outra barreira para os surdos é a ausência de concursos bilíngues, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para Marcus Weydson, um dos participantes do evento, as ações tomadas durante o vestibular são insuficientes para garantir a inclusão dos surdos no certame. "Como é que o surdo faz a prova do Enem? Com um intérprete. Isso é uma acessibilidade sim, mas são muitos surdos e o intérprete não vai conseguir atender a todos os alunos. O surdo usa o seu visual, portanto a Libras precisa ser traduzida de uma forma visual. O surdo tem o direito de fazer uma prova sinalizada para que ele possa compreender, mas o Enem e o MEC ainda não se sensibilizaram com isso", disse Marcus, que é surdo e conversou com a reportagem através
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