sábado, 18 de maio de 2013

VÍTIMAS DA AIDS

Movimento pede mais assistência

18.05.2013
Um manto negro coberto por luzes de velas sobre a calçada do Centro de Especialidades Médicas José de Alencar - CEMJA, chamou atenção, na noite de ontem, dos que passavam pela Praça José de Alencar, no Centro. A 30ª edição do Candlelight, uma vigília em solidariedade às vítimas da Aids, reuniu profissionais da saúde, ONGs e pessoas contaminadas pelo vírus HIV.

Até dezembro de 2012, foram registrados 12.246 casos no Ceará. No ano passado, 800 novos casos foram confirmados, sendo 430 na Capital FOTO: LUCAS DE MENEZES

De acordo com o coordenador da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV, Vando Oliveira, o ato tem como objetivo lembrar as vítimas do vírus da Aids e reivindicar mais políticas públicas no sentido de que essas pessoas tenham mais qualidade de vida. "Embora se diga que a epidemia está controlada, morre gente de Aids todo dia. Somente no Hospital São José, que é referencia no Estado, 300 pessoas faleceram em 2012", explica.

O aposentado J.A.S, de 43 anos, que participou da vigília, convive com o vírus há 15 anos e destaca que no começo de seu tratamento as consultas eram realizadas de 30 em 30 dias. Hoje, diz, em virtude da grande quantidade de pessoas em busca de assistência, esse intervalo varia de 90 à 120 dias. "As filas de espera são enormes", ressalta.

Movimento

O Candlelight acontece anualmente em diversas partes do mundo desde 1983, chamando atenção da sociedade e do poder público para o problema do vírus HIV. De acordo com o último boletim da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), no Ceará, até dezembro de 2012, foram registrados 12.246 casos de Aids. No ano passado, 800 novos casos foram confirmados, sendo 430 (53,7%) em Fortaleza.
 

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