MEDULA ÓSSEA
Estado tem o 5º maior número de doadores no País
De acordo com o Hemoce, são 116 mil cearenses cadastrados; fidelização do doador é preciso melhorar
A sensibilização para a doação de medula óssea, atitude que pode salvar a vida de pacientes diagnosticados com leucemia, parece ter atingido de vez a consciência de grande parte dos cearenses. Segundo o Centro de Hemoterapia e Hematologia do Ceará (Hemoce), o Estado conta com 116 mil pessoas cadastradas no registro nacional de doadores, ocupando a quinta posição no ranking brasileiro, como afirma o chefe da equipe médica de transplante do órgão, Fernando Barroso. Somente no ano passado, 10.765 novos cadastros foram realizados, o que totaliza uma média de 900 por mês.
De acordo com o chefe da equipe médica de transplantes do Hemoce, Fernando Barroso, um dos grandes desafios é conscientizar os doadores sobre a importância de manter seus dados atualizados Foto: Miguel Portela (25/10/2006)
Mas, apesar de animador, o número ainda é considerado baixo pelo Centro, principalmente tendo em vista as poucas chances de compatibilidade entre pacientes e doadores não-aparentados. A possibilidade de encontrar uma medula óssea adequada é uma a cada 100 pessoas no País, e uma a cada um milhão no mundo. Outra dificuldade, segundo Fernando Barroso, é a fidelização do doador, que precisa ficar atento à atualização dos dados no cadastro.
"A quantidade é boa, mas precisa crescer, logicamente. O grande desafio é conscientizar o doador para que ele, se mudar de endereço ou nome, não esqueça de atualizar essas informações. Como ele ainda não doou, é importante fazer isso para que possamos localizá-lo quando for preciso", destaca o chefe da equipe de transplante.
Francisca Gomes, coordenadora do Núcleo de Medula Óssea do órgão, explica que, desde o início do ano, as listas de doadores em todo o País trabalham com um número máximo de cadastros. Cada Estado poderá inscrever, anualmente, até 9.730 no Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome).
Inscrições fiéis
A decisão partiu do Ministério da Saúde e tem por objetivo melhorar a qualidade do material coletado e armazenado. Com isso, Francisca acredita que o número de cadastros deve ser reduzido nos próximos meses, mas, assim como Fernando Barroso, destaca que a importância não é a quantidade de doadores e, sim, a porcentagem de inscrições fiéis.
"As pessoas podem fazer o registro ainda jovens e permanecer com ele até completar 60 anos de idade. Nós queremos que isso aconteça. Mas como não é uma doação feita regularmente, elas esquecem de acompanhar o cadastro", diz ela.
Ainda assim, a coordenadora destaca que, em cinco anos, o Hemoce já convocou 150 cearenses inscritos no Redome para uma segunda chamada, na qual são feitos testes de compatibilidade de medula com pessoas portadores de leucemia. Destes, cinco foram considerados compatíveis e três já realizaram transplantes, sendo dois deles para pacientes de outros países. As outras duas cirurgias já estão agendados para este ano.
Segundo Francisca, todos os doadores convocados compareceram aos exames, provando que o receio em fazer o transplante diminuiu nos últimos anos. "O medo ainda existe, mas cabe à gente ir explicando e conscientizando as pessoas porque, fazendo esse cadastro, elas podem realmente salvar a vida de uma pessoa", ressalta.
VANESSA MADEIRAESPECIAL PARA CIDADE
A sensibilização para a doação de medula óssea, atitude que pode salvar a vida de pacientes diagnosticados com leucemia, parece ter atingido de vez a consciência de grande parte dos cearenses. Segundo o Centro de Hemoterapia e Hematologia do Ceará (Hemoce), o Estado conta com 116 mil pessoas cadastradas no registro nacional de doadores, ocupando a quinta posição no ranking brasileiro, como afirma o chefe da equipe médica de transplante do órgão, Fernando Barroso. Somente no ano passado, 10.765 novos cadastros foram realizados, o que totaliza uma média de 900 por mês.
De acordo com o chefe da equipe médica de transplantes do Hemoce, Fernando Barroso, um dos grandes desafios é conscientizar os doadores sobre a importância de manter seus dados atualizados Foto: Miguel Portela (25/10/2006)
Mas, apesar de animador, o número ainda é considerado baixo pelo Centro, principalmente tendo em vista as poucas chances de compatibilidade entre pacientes e doadores não-aparentados. A possibilidade de encontrar uma medula óssea adequada é uma a cada 100 pessoas no País, e uma a cada um milhão no mundo. Outra dificuldade, segundo Fernando Barroso, é a fidelização do doador, que precisa ficar atento à atualização dos dados no cadastro.
"A quantidade é boa, mas precisa crescer, logicamente. O grande desafio é conscientizar o doador para que ele, se mudar de endereço ou nome, não esqueça de atualizar essas informações. Como ele ainda não doou, é importante fazer isso para que possamos localizá-lo quando for preciso", destaca o chefe da equipe de transplante.
Francisca Gomes, coordenadora do Núcleo de Medula Óssea do órgão, explica que, desde o início do ano, as listas de doadores em todo o País trabalham com um número máximo de cadastros. Cada Estado poderá inscrever, anualmente, até 9.730 no Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome).
Inscrições fiéis
A decisão partiu do Ministério da Saúde e tem por objetivo melhorar a qualidade do material coletado e armazenado. Com isso, Francisca acredita que o número de cadastros deve ser reduzido nos próximos meses, mas, assim como Fernando Barroso, destaca que a importância não é a quantidade de doadores e, sim, a porcentagem de inscrições fiéis.
"As pessoas podem fazer o registro ainda jovens e permanecer com ele até completar 60 anos de idade. Nós queremos que isso aconteça. Mas como não é uma doação feita regularmente, elas esquecem de acompanhar o cadastro", diz ela.
Ainda assim, a coordenadora destaca que, em cinco anos, o Hemoce já convocou 150 cearenses inscritos no Redome para uma segunda chamada, na qual são feitos testes de compatibilidade de medula com pessoas portadores de leucemia. Destes, cinco foram considerados compatíveis e três já realizaram transplantes, sendo dois deles para pacientes de outros países. As outras duas cirurgias já estão agendados para este ano.
Segundo Francisca, todos os doadores convocados compareceram aos exames, provando que o receio em fazer o transplante diminuiu nos últimos anos. "O medo ainda existe, mas cabe à gente ir explicando e conscientizando as pessoas porque, fazendo esse cadastro, elas podem realmente salvar a vida de uma pessoa", ressalta.
VANESSA MADEIRAESPECIAL PARA CIDADE
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