FEBRE AFTOSA
Campanha visa vacinar 2,6 mi cabeças de gado
04.05.2013
Para presidente da Adagri, seca não será obstáculo, mas técnicos devem ter cuidado com os animais debilitados
Os municípios cearenses iniciam mais um ano de luta contra uma doença capaz de devastar grandes rebanhos: a febre aftosa. Na manhã de ontem, a Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA), lançou, em Pindoretama, Região Metropolitana de Fortaleza, a campanha de vacinação com a intenção de imunizar cerca de 2,6 milhões de cabeças em todo o Estado.
A campanha teve início ontem em Pindoretama. Mesmo sem registrar a doença desde 1997, o Ceará ainda apresenta status de risco médio de febre aftosa, segundo presidente da Adagri, Augusto Júnior Foto: Natinho Rodrigues
Caso a meta de 93% deste total seja cumprida até o fim do mês de maio, após 16 anos sem registros de casos da doença, o Ceará deve conquistar o status sanitário livre de febre aftosa em nível nacional. A informação é do titular da SDA, Nelson Martins. Ainda conforme o secretário, a expectativa é que, no próximo ano, o Estado consiga o status internacional sanitário livre do vírus.
O presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri-CE), Francisco Augusto de Sousa Júnior, explica que, mesmo com a ausência da doença no Ceará desde 1997, o Estado ainda apresenta um status de risco médio da febre aftosa. De acordo com ele, para conquistar o status sanitário de livre do vírus, é necessário muito mais do que vacinar o gado, é preciso também manter uma estrutura adequada de técnicos para atuar nas fiscalizações, além de escritórios especializados em todo o Estado.
"Algumas ações foram importantes, o Estado fez concurso para efetivar os médicos veterinários, fiscais agropecuários, e aumentou a capilaridade da agências de 25 para 40 escritórios. Não basta só vacinar, temos que fiscalizar os eventos agropecuários, o trânsito de animais e as revendas de produtos veterinários. É um conjunto de ações que habilita o Estado a ser o status zona livre", explica.
Seca
Apesar dos esforços, o presidente da Adagri acredita que os técnicos deverão ter cuidado redobrado com o gado que está debilitado devido à seca. Por outro lado, afirma, a perda do rebanho por causa do fenômeno não deve afetar a vacinação no Estado.
"A mortalidade do rebanho está dentro do padrão de 2012. Entre mortes, abates e que saíram do Estado foram aproximadamente,126 mil cabeças. Destas, apenas 40 mil mortes. A seca é grave é, mas o nosso produtor está a conviver com ela. Naqueles municípios onde a situação está pior, acredito que haverá dificuldade no manejo da vacinação, pois o gado deve estar debilitado, mas nós estamos otimistas com as chuvas e alguns locais já tem até pastagem", avalia.
Augusto Júnior acredita que o Estado tem 90% de chance de receber, até o fim de maio, o status sanitário livre de febre aftosa nacional, juntamente com os Estados de Alagoas, Pernambuco, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte e a parte Norte do Pará, que também estão pleiteando a conquista.
Nelson Martins acredita que, com o retorno das chuvas, o Estado está em um bom momento para vacinar o seu rebanho. "Neste mês de abril, tivemos boas chuvas em todo o Estado e o nosso rebanho se recuperou. Para nós, é muito melhor vacinarmos o gado agora, pois, no segundo semestre, a seca pode ficar pior", afirma o secretário.
Ele ressalta também a importância do produtor declarar o rebanho e certificar que está imunizado para facilitar o controle do Estado.
"A vacina é fundamental, pois protege o rebanho da febre aftosa e evita que o gado pare de produz carne e leite e, por consequência, prejudique a exportação do Estado", ressalta Nelson Martins.
Maria Luísa Silva Rufino, superintendente do Ministério de Agricultura no Ceará, apesar de reconhecer que o momento é muito difícil para a vacinação por causa da seca, acredita na conscientização dos produtores e no trabalho de divulgação do governo do Estado.
"Tenho certeza que conseguiremos alcançar o índice de 93% do rebanho imunizado até o final de maio", destaca.
De acordo com Flávio Saboia, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), a vacinação do rebanho é fundamental para garantir a participação do Estado em eventos agropecuários no território nacional e na colaboração da venda dos produtos.
"A Faec atua por meio dos sindicatos sensibilizando desde os pequenos até o grande produtores para esta vacinação", ressalta Saboia.
FIQUE POR DENTRO
Multa é de R$ 13,43 por cada animal
A meta para este ano é vacinar cerca de 93% do rebanho de bovinos e bubalinos do Ceará, para que, assim, o Estado saia da zona de risco médio e alcance o status de zona livre de aftosa com vacinação. Apesar do lançamento acontecer na sexta-feira, as revendas agropecuárias estão autorizadas a vender a vacina desde o dia 1º de maio.
A compra autorizada segue até o dia 30. A dose da vacina continua com preço médio de R$ 1,50. A multa para quem não vacinar o rebanho ainda é de R$ 13,43 por cabeça. A febre aftosa é uma doença contagiosa, causada por vírus de rápida multiplicação. O animal infectado apresenta feridas na boca, nos lábios, tetas e nos cascos. Os bichos também se afastam do rebanho, babam, não comem e não bebem água
.
Os municípios cearenses iniciam mais um ano de luta contra uma doença capaz de devastar grandes rebanhos: a febre aftosa. Na manhã de ontem, a Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA), lançou, em Pindoretama, Região Metropolitana de Fortaleza, a campanha de vacinação com a intenção de imunizar cerca de 2,6 milhões de cabeças em todo o Estado.

Caso a meta de 93% deste total seja cumprida até o fim do mês de maio, após 16 anos sem registros de casos da doença, o Ceará deve conquistar o status sanitário livre de febre aftosa em nível nacional. A informação é do titular da SDA, Nelson Martins. Ainda conforme o secretário, a expectativa é que, no próximo ano, o Estado consiga o status internacional sanitário livre do vírus.
O presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri-CE), Francisco Augusto de Sousa Júnior, explica que, mesmo com a ausência da doença no Ceará desde 1997, o Estado ainda apresenta um status de risco médio da febre aftosa. De acordo com ele, para conquistar o status sanitário de livre do vírus, é necessário muito mais do que vacinar o gado, é preciso também manter uma estrutura adequada de técnicos para atuar nas fiscalizações, além de escritórios especializados em todo o Estado.
"Algumas ações foram importantes, o Estado fez concurso para efetivar os médicos veterinários, fiscais agropecuários, e aumentou a capilaridade da agências de 25 para 40 escritórios. Não basta só vacinar, temos que fiscalizar os eventos agropecuários, o trânsito de animais e as revendas de produtos veterinários. É um conjunto de ações que habilita o Estado a ser o status zona livre", explica.
Seca
Apesar dos esforços, o presidente da Adagri acredita que os técnicos deverão ter cuidado redobrado com o gado que está debilitado devido à seca. Por outro lado, afirma, a perda do rebanho por causa do fenômeno não deve afetar a vacinação no Estado.
"A mortalidade do rebanho está dentro do padrão de 2012. Entre mortes, abates e que saíram do Estado foram aproximadamente,126 mil cabeças. Destas, apenas 40 mil mortes. A seca é grave é, mas o nosso produtor está a conviver com ela. Naqueles municípios onde a situação está pior, acredito que haverá dificuldade no manejo da vacinação, pois o gado deve estar debilitado, mas nós estamos otimistas com as chuvas e alguns locais já tem até pastagem", avalia.
Augusto Júnior acredita que o Estado tem 90% de chance de receber, até o fim de maio, o status sanitário livre de febre aftosa nacional, juntamente com os Estados de Alagoas, Pernambuco, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte e a parte Norte do Pará, que também estão pleiteando a conquista.
Nelson Martins acredita que, com o retorno das chuvas, o Estado está em um bom momento para vacinar o seu rebanho. "Neste mês de abril, tivemos boas chuvas em todo o Estado e o nosso rebanho se recuperou. Para nós, é muito melhor vacinarmos o gado agora, pois, no segundo semestre, a seca pode ficar pior", afirma o secretário.
Ele ressalta também a importância do produtor declarar o rebanho e certificar que está imunizado para facilitar o controle do Estado.
"A vacina é fundamental, pois protege o rebanho da febre aftosa e evita que o gado pare de produz carne e leite e, por consequência, prejudique a exportação do Estado", ressalta Nelson Martins.
Maria Luísa Silva Rufino, superintendente do Ministério de Agricultura no Ceará, apesar de reconhecer que o momento é muito difícil para a vacinação por causa da seca, acredita na conscientização dos produtores e no trabalho de divulgação do governo do Estado.
"Tenho certeza que conseguiremos alcançar o índice de 93% do rebanho imunizado até o final de maio", destaca.
De acordo com Flávio Saboia, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), a vacinação do rebanho é fundamental para garantir a participação do Estado em eventos agropecuários no território nacional e na colaboração da venda dos produtos.
"A Faec atua por meio dos sindicatos sensibilizando desde os pequenos até o grande produtores para esta vacinação", ressalta Saboia.
FIQUE POR DENTRO
Multa é de R$ 13,43 por cada animal
A meta para este ano é vacinar cerca de 93% do rebanho de bovinos e bubalinos do Ceará, para que, assim, o Estado saia da zona de risco médio e alcance o status de zona livre de aftosa com vacinação. Apesar do lançamento acontecer na sexta-feira, as revendas agropecuárias estão autorizadas a vender a vacina desde o dia 1º de maio.
A compra autorizada segue até o dia 30. A dose da vacina continua com preço médio de R$ 1,50. A multa para quem não vacinar o rebanho ainda é de R$ 13,43 por cabeça. A febre aftosa é uma doença contagiosa, causada por vírus de rápida multiplicação. O animal infectado apresenta feridas na boca, nos lábios, tetas e nos cascos. Os bichos também se afastam do rebanho, babam, não comem e não bebem água
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário