DENGUE
Triplicam investigações de morte por dengue
Fortaleza já pode ter seu primeiro óbito por complicação, segundo gestor da Secretaria Municipal de Saúde.
Apesar da redução de 93% nos casos confirmados de dengue na Capital quando comparado o primeiro trimestre deste ano (337) com o de 2012 (4.840), a doença ainda assusta. Não só a infestação, mas a gravidade e o temor do óbito. Prova disso são as mortes em investigação: triplicaram entre boletim do último dia 21 de março e dados de ontem. Passaram de uma para três.
Falta de chuva faz com que as pessoas acumulem água. Segundo coordenador, isso pode propiciar a reprodução de mosquitos. Foto: Kleber A. Gonçalves
Gestor confirma a probabilidade real de já haver uma primeira morte por dengue na cidade. "É quase certeza já termos isso confirmado. Estamos só tirando últimas dúvidas, mas tudo indica que sim, infelizmente. Doença pode não se expressar em quantidade alta, mas trará o risco forte de ser mais grave que em outros anos", declara Nélio Morais, coordenador do Centro de Controle e Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Para ele, não é por falta de chuvas mais intensas na Capital e indicativos tão claros de epidemia que a população deve "descansar", deixar de se proteger. "A dengue ainda mata muito. E, hoje, as pessoas estão mais vulneráveis a terem casos mais graves por já terem tido contato, no ano epidêmico de 2012, com esse tipo 4 que predomina em Fortaleza", afirma doutor Moraes.
Casos
O cenário em Fortaleza pode não ser tão assustador quanto em 2012 (com mais de 39.050 mil confirmações), mas é preocupante sim, afirma Nélio Moraes.
Entre a semana 13 (até dia 21 de março) e a 14, foi registrado um aumento de 27% nas notificações, um crescimento de 564 em 13 dias. Fortaleza conta com 2.025 notificações, sendo 507 confirmações, 1.104 em investigação e três possíveis mortes.
Ainda conforme o coordenador da SMS, Fortaleza está com o Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (Lira) defasado, um novo estaria sendo feito, em fase final de conclusão. "Visitamos, em uma semana, 50 mil casas e até dia 10 divulgaremos um novo Lira que irá ajudar a perceber melhor os pontos mais vulneráveis", conta.
No Ceará, conforme dados da Sala de Situação da Dengue, da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), foram contabilizados, até ontem, 7.166 casos notificados, 1.497 confirmados, 103 internações da dengue clássica e quatro da grave, três pessoas com Dengue com Complicação (DCC) e três com Febre Hemorrágica do Dengue (FHD). Em destaque, Fortaleza e Tauá.
"Provavelmente, não teremos epidemia. Mas, por não estar chovendo, pessoas acumulam água em depósitos que podem ser espaços de reprodução do mosquito", diz o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonsêca.
SAIBA MAISDados do Ministério da Saúde1. No período entre 1º de janeiro e 23 de março de 2013, foram notificados 635.161 mil casos de dengue no País. Do total de ocorrências notificadas neste ano, 70 mil já foram descartadas.
2. No ano passado, em igual período, foram notificados 167.279. Em 2011, foram 303.526 casos
3. Com relação aos casos graves, foi registrada redução de 6%, se comparado a igual período de 2012.
4. Quando comparado o primeiro trimestre desse ano com igual período de 2012, o Ceará reduziu em 26% os casos notificados, caindo de 8.106 para 5.975 em 2013
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Apesar da redução de 93% nos casos confirmados de dengue na Capital quando comparado o primeiro trimestre deste ano (337) com o de 2012 (4.840), a doença ainda assusta. Não só a infestação, mas a gravidade e o temor do óbito. Prova disso são as mortes em investigação: triplicaram entre boletim do último dia 21 de março e dados de ontem. Passaram de uma para três.

Gestor confirma a probabilidade real de já haver uma primeira morte por dengue na cidade. "É quase certeza já termos isso confirmado. Estamos só tirando últimas dúvidas, mas tudo indica que sim, infelizmente. Doença pode não se expressar em quantidade alta, mas trará o risco forte de ser mais grave que em outros anos", declara Nélio Morais, coordenador do Centro de Controle e Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Para ele, não é por falta de chuvas mais intensas na Capital e indicativos tão claros de epidemia que a população deve "descansar", deixar de se proteger. "A dengue ainda mata muito. E, hoje, as pessoas estão mais vulneráveis a terem casos mais graves por já terem tido contato, no ano epidêmico de 2012, com esse tipo 4 que predomina em Fortaleza", afirma doutor Moraes.
Casos
O cenário em Fortaleza pode não ser tão assustador quanto em 2012 (com mais de 39.050 mil confirmações), mas é preocupante sim, afirma Nélio Moraes.
Entre a semana 13 (até dia 21 de março) e a 14, foi registrado um aumento de 27% nas notificações, um crescimento de 564 em 13 dias. Fortaleza conta com 2.025 notificações, sendo 507 confirmações, 1.104 em investigação e três possíveis mortes.
Ainda conforme o coordenador da SMS, Fortaleza está com o Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (Lira) defasado, um novo estaria sendo feito, em fase final de conclusão. "Visitamos, em uma semana, 50 mil casas e até dia 10 divulgaremos um novo Lira que irá ajudar a perceber melhor os pontos mais vulneráveis", conta.
No Ceará, conforme dados da Sala de Situação da Dengue, da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), foram contabilizados, até ontem, 7.166 casos notificados, 1.497 confirmados, 103 internações da dengue clássica e quatro da grave, três pessoas com Dengue com Complicação (DCC) e três com Febre Hemorrágica do Dengue (FHD). Em destaque, Fortaleza e Tauá.
"Provavelmente, não teremos epidemia. Mas, por não estar chovendo, pessoas acumulam água em depósitos que podem ser espaços de reprodução do mosquito", diz o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonsêca.
SAIBA MAISDados do Ministério da Saúde1. No período entre 1º de janeiro e 23 de março de 2013, foram notificados 635.161 mil casos de dengue no País. Do total de ocorrências notificadas neste ano, 70 mil já foram descartadas.
2. No ano passado, em igual período, foram notificados 167.279. Em 2011, foram 303.526 casos
3. Com relação aos casos graves, foi registrada redução de 6%, se comparado a igual período de 2012.
4. Quando comparado o primeiro trimestre desse ano com igual período de 2012, o Ceará reduziu em 26% os casos notificados, caindo de 8.106 para 5.975 em 2013
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