CRISE NO PSB
Campos evita responder a críticas de Ciro Gomes
26.02.2013
O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que cearense está desinformado quanto à visão do governador
Recife O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, evitou comentar diretamente as críticas do ex-ministro Ciro Gomes (PSB), que no fim de semana atacou o socialista, o senador tucano Aécio Neves (PSDB) e a ex-ministra Marina Silva.
O ex-ministro Ciro Gomes não poupou os pré-candidatos à sucessão presidencial. Adepto à reeleição de Dilma Rousseff, ela não foi criticada FOTO: DIVULGAÇÃO/PSB
Ciro não poupou os pré-candidatos à sucessão presidencial. Adepto à reeleição de Dilma Rousseff, a presidente foi a única a não ser criticada.
Ciro disse que nenhum dos três concorrentes tem condição de disputar as eleições de 2014, porque não têm proposta nem visão para o Brasil. Ele afirmou, ainda, que os três não têm estrada, em entrevista concedida, sábado, em Fortaleza.
Ontem, após participar de um encontro promovido pela revista Carta Capital, em Recife, Eduardo Campos se manifestou: "O partido é democrático e as pessoas têm o direito de se manifestar, de fazer o debate. Mas sobre o que o partido deve fazer e deixar de fazer, deve ser travado no tempo certo e na instância certa, que é quem decide", disse.
Campos, que já vinha condenando as discussões entre PSDB e PT, pedindo para que se acabe com "velhas rinhas políticas", voltou a insistir no mesmo ponto, só que agora se dirigindo para dentro do próprio partido. "Sinceramente, o PSB não está pensando nisso. É hora de juntar o Brasil", afirmou.
Os irmãos Gomes - Ciro e Cid - não fazem segredo que preferem que o partido apoie a reeleição de Dilma Rousseff em 2014, e acham que só em 2018 o partido deveria lançar candidatura própria, seja de Eduardo Campos ou outro nome.
Cid Gomes era esperado ontem em Recife para o mesmo seminário do qual participou Campos, mas cancelou a presença, alegando compromisso em Brasília. Durante o evento, o governador de Pernambuco falou para uma plateia de empresários sobre as disparidades regionais. Ele pediu uma política específica para acabá-las e disse que, no ritmo atual, o país só conseguirá superá-las em 46 anos.
Ciro Gomes, que pertence ao partido de Campos, disse no fim de semana que o governador de Pernambuco "não conhece o Brasil". "O meu presidente não tem estrada ainda. Não conhece o Brasil", afirmou. Ele reconheceu, no entanto, que se os três (Campos, Aécio e Marina) saírem mesmo candidatos à sucessão presidencial, a eleição pode ser decidida em um eventual segundo turno
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