quarta-feira, 30 de maio de 2018

GREVE DOS CAMINHONEIROS Postos de combustíveis dão sinais de normalização; preço da gasolina varia entre R$ 4, 59 e R$ 4,89

O abastecimento dos postos de combustíveis em Fortaleza começa a dar sinais de normalização, embora o movimento ainda esteja baixo e alguns tipos de combustíveis faltam nas bombas. Segundo o assessor de economia do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Ceará (Sindipostos), Antônio José Costa, no momento, "está tudo normal". Ele afirma que os caminhões já estão chegando aos postos de gasolina para abastecimento.
 
(Foto: Carlos Holanda/Especial para O POVO)
 

Questionado sobre os tipos de combustíveis que ainda não costam em alguns postos, a exemplo do óleo diesel, gasolina aditivada e etanol, ele argumenta que trata-se de uma questão de tempo até a situação ser integralmente normalizada. No Posto Shell, na avenida Barão de Studart com rua Padre Valdevino, e no Posto Petro+, na Avenida Barão de Studart com Rua Júlio Ventura, O POVOconstatou a falto do etanol, óleo diesel e gasolina aditivada;

No Posto Petrobras, na avenida Antônio Sales com Rui Barbosa, foi possível ver um caminhão com combustível estacionado. No local, o preço da gasolina comum estava a R$ 4,89 o litro. Na avenida Antônio Sales com Barão de Studart, em estabelecimento de bandeira Shell, o litro também estava em R$ 4,89, acompanhando o mesmo preço do SP Combustíveis, na rua Joaquim Nabuco com rua Padre Valdevino.

Dois postos registraram preço abaixo dos médios R$ 4,89. O Posto SP Combustíveis, na avenida Antônio Sales com rua Carlos Vasconcelos, foi o menor preço de gasolina visto, com R$ 4,59 – o anúncio trazia como “promoção do dia” -, e o outro, também SP Combustíveis, na avenida Paulino Rocha, com R$ 4,69.

Sobre a diferença de preços, o consultor na área de petróleo e gás, Bruno Iughetti, diz que depende muito do nível de estoque que o empresário tem e que representa para ele o valor adequado para compor seus custos. “Ou seja, ele deve estar praticando preço que traz resultados pequenos, mas ele ganha em volume”.

Iughetti descarta relação entre greve dos caminhoneiros e preço dos combustíveis. Ele explica que o conceito de oferta e procura só se aplica em “condições normais de temperatura e pressão”. “As revendedoras devem ter a melhor consciência nesse caso, porque estamos vivendo época de crise”.
CARLOS HOLANDA

terça-feira, 29 de maio de 2018

Durante greve, Bolsonaro cresce e tem empate técnico com Lula em São Paulo

O deputado federal Jair Bolsonaro, pré-candidato pelo PSL à Presidência da República, foi o único que cresceu em pesquisa de intenção de voto realizada pelo Ibope só com eleitores do Estado de São Paulo.

O levantamento foi encomendado pela TV Bandeirantes e realizado entre os dias 24 e 27 de maio, durante a greve dos caminhoneiros.

Bolsonaro aparece com 19% das intenções de voto, cinco pontos a mais do que em levantamento encomendado pela emissora no mês passado e realizado pelo mesmo instituto.

Como a margem de erro é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos, ele empata tecnicamente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aparece com 23%. Na pesquisa anterior, Lula tinha 20%, mas, em razão da margem de erro, não é possível afirmar que ele avançou.

Embora tenha governado São Paulo por quatro mandatos, o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, aparece apenas em terceiro lugar, com 13%, um ponto a menos que na pesquisa anterior. Na sequência estão a pré-candidata da Rede, Marina Silva, com 9%, e o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, com 3%. Eles também estão estagnados - no levantamento anterior tiveram 9% e 4%, respectivamente.

O senador paranaense Álvaro Dias, pré-candidato pelo Podemos, aparece com 2%.

O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) e João Goulart Filho (PPL) têm 1%.

Não pontuam Aldo Rebelo (Solidariedade), Flávio Rocha (PRB), Guilherme Boulos (Psol), Manuela D’Ávila (PCdoB), João Amoêdo (Novo), Levy Fidélix (PRTB) e Paulo Rabello de Castro (PSC).

Os brancos e nulos somam 20%, e aqueles que não sabem ou não quiseram responder chegam a 5%, sem variação significativa em relação aos resultados do levantamento anterior, de 18% e 4%, respectivamente.

Em um cenário sem Lula como candidato do PT, mas com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad no seu lugar, Bolsonaro e Alckmin empatam tecnicamente na liderança - o deputado tem 19% e o tucano tem 15%. Marina passa a ter 11% e Ciro registra 7%. Haddad e Dias têm 3% cada. Meirelles aparece com 2%.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL), João Goulart Filho (PPL), Aldo Rebelo (Solidariedade), Guilherme Boulos (Psol), a deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila (PCdoB), João Amoêdo (Novo), Levy Fidélix (PRTB) e Paulo Rabello de Castro (PSC) aparecem com 1%. Flávio Rocha (PRB) não pontuou.

A pesquisa foi feita entre os dias 24 e 27 de maio, com 1008 pessoas em 60 municípios paulistas. O nível de confiança utilizado é de 95%. O número de registro no TSE é BR-06360/2018.
Agência Estado

ELEITOR EM SÃO PAULO
Jair Bolsonaro aparece com 19% das intenções de voto, cinco pontos a mais do que em levantamento encomendado pela emissora anteriormente.

Frutas e verduras em falta nos supermercados

As prateleiras dos supermercados de Fortaleza refletem a crise dos combustíveis. A paralisação dos caminhoneiros impede a reposição de alimentos nas, aumentando o preço de frutas e verduras. O setor agrícola sofre como um todo. As câmaras frias estão lotadas e não há mais espaço para guardar o que é produzido e não escoado. O cálculo é de R$ 300 milhões de prejuízos por semana.
E com os supermercados da Capital já registrando queda de até 50% no fluxo de clientes e nas vendas, o governador Camilo Santana (PT) diz acreditar que a situação é melhor que em outras capitais do País. O governador explicou que um comitê trabalha para manter combustível, insumos de saúde e segurança. “Estamos preocupados agora com o abastecimento de alimentos, e a gente espera que o Governo Federal negocie as reivindicações que foram atendidas e resolvam o problema da greve que já começa a gerar uma série de transtornos”, declarou.
O POVO percorreu supermercados e observou preços altos e gôndolas vazias. No supermercado Frangolândia, na avenida Antônio Sales, já faltam batata inglesa, mamão formosa, abacate, laranja e cenoura. O tomate que era vendido a R$ 4,99 está a R$ 7,99 o quilo, com o produto quase esgotando. A gerente da loja, Viviany Paz, diz que desde sexta já houve queda de 50% nas vendas e na movimentação.
Nos Mercadinhos São Luiz, avenida Pontes Vieira, a química Socorro Vale, 38, disse que nunca viu a sessão de hortifruti naquela situação. Cliente do estabelecimento, ela estava surpresa com a falta de alimentos e qualidade dos produtos. “Prateleiras vazias, frutas estragando, já velhas”. Na loja, a batata inglesa acabou ontem pela manhã e já faltavam banana, abacaxi, melão e laranja. A prateleira de leites também estava com espaços vazios.
A bancária aposentada Sandra Bezerra, 57, foi às compras na manhã de ontem no Cometa Supermercados da rua Idelfonso Albano. Ela esperava encontrar muitas gôndolas vazias e o estabelecimento lotado. “A gente assiste ao jornal e é o maior terror. Só passa supermercado com prateleira vazia”. No entanto, considerou o movimento e a oferta de produtos normal. A cebola, porém, já estava em falta e o quilo do tomate custava R$ 9,98.
As gôndolas de hortifruti também estavam vazias no Pão de Açúcar da avenida Antônio Sales. Faltavam cenoura, batata e abacate. O quilo do melão amarelo custava R$ 9,79. A batata estava acabando no supermercado G Barbosa da rua Padre Valdevino. O produto na gôndola estava a R$ 11,99.
Segundo Odálio Girão, analista de mercado da Central de Abastecimento do Ceará S.A (Ceasa), não está havendo reposição de produtos que vêm de outros estados. Eram esperados 300 caminhões para a feira de ontem, o que não ocorreu devido à paralisação dos caminhoneiros. O carregamento movimentaria em torno de 2 mil toneladas de produtos, vindos da Bahia, Minas Gerais e São Paulo.
A Ceasa já acumula prejuízo. Com os bloqueios das estradas, os comerciantes já perderam a carga de seis caminhões que vinham do Sul e Sudeste, com batata inglesa, cenoura, repolho e morango. E com a falta de abastecimento de mercadorias, deixou-se de comercializar 80% de produtos, aponta Odálio. Caso a paralisação dos caminhoneiros acabasse hoje, o analista explica que seriam necessários seis dias para o reabastecimento e até 10 dias para normalização.
O presidente da Abrafrutas, associação que reúne os empresários do setor, Luiz Roberto Barcelos, calcula R$ 300 milhões de perdas por semana e há quem arrisque o dobro em prejuízos. Alerta-se ainda para o risco sanitário causado pela morte de animais (cargas vivas), leite descartado em rios e esgotos das cidades.

ABSOLVIDO Em nova decisão, TRE-CE revoga cassação de Ivo Gomes

21:40 | 28/05/2018
Ivo Gomes durante a campanha, em 2016 (Foto: Tatiana Fortes/O POVO)
Decisão da desembargadora Maria Nailde Pinheiro Nogueira, do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), revogou nesta segunda-feira, 28, a decisão de primeiro grau que cassou os diplomas do prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT), e da vice-prefeita, Christianne Marie Aguiar Coelho. A ação investigava suposto abuso de poder econômico e compra de votos nas eleições de 2016.
  
A decisão de forma unânime foi tomada após quase dois anos da reeleição de Ivo Gomes para prefeito de Sobral, em 2016. A ação foi impetrada pela equipe do candidato derrotado Moses Rodrigues.
  
Na votação, o relator do Recurso Eleitoral, juiz Alcides Saldanha Lima, proferiu voto a favor da chapa Ivo Gomes sob justificativa de falta de provas. O voto do relator foi seguido pelos demais membros da Corte.
  
O POVO buscou contato com  Ivo Gomes, mas ele está viajando resolvendo problemas pessoais e só se pronunciará após este compromisso, informou a assessoria de impresa do prefeito.
  
Moses Rodrigues também foi procurado pela reportagem, mas preferiu não se posicionar sobre uma possível apelação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, em busca de recurso que ainda caberia no caso. 
SAMUEL PIMENTEL

PARALISAÇÃO NACIONAL Quem são e o que pensam os caminhoneiros que pararam o Ceará

Há mais de uma semana em greve, os caminhoneiros concentram as atenções no País. No Ceará, diversos pontos registraram manifestações e bloqueios, como na BR-116, em Fortaleza, e BR-220, em Caucaia. Confusos, muitos caminhoneiros não conhecem nem mesmo as lideranças que os representam, mas os objetivos se conversam e variam da mudança de política de preços da Petrobras a saída do presidente Michel Temer.

Procurar uma liderança nas paralisações é tarefa difícil. Nem mesmo os comandos nacionais, como a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) e o Sindicato dos Caminhoneiros, são reconhecidos pela categoria. "Líder, aqui, só Deus", dizem. 


Conhecido como "Bem-te-vi", Francisco Helder, 41 anos, é quem atende a imprensa e dá respostas sobre a mobilização no KM 18 da BR-116. Caminhoneiro há 22 anos, diz que não é mais tempo de receber "esmolas do Governo", mas soluções para a sociedade. As notícias de Brasília vêm por WhatsApp, redes sociais e até pela própria imprensa, diz.

"Nós somos a base da história, o País todo é levado no lombo dos caminhões", afirma o cearense. "Ser caminhoneiro foi um sonho de criança que virou pesadelo de adulto, pela dificuldade da profissão. Mas hoje, nesse movimento, me sinto orgulhoso". 

(Foto: Aurélio Alves / Especial para O POVO)

"Bem-te-vi" diz que passou a ser visto como a voz do grupo após montar sua "base na própria carreta", onde serve café, água gelada e lanche. Muita coisa é doada pela população que, segundo ele, apoia a categoria. "É o que nos mantém aqui. Quero poder cuidar da minha família com a dignidade da minha profissão, que é o que todo trabalhador sonha".

Sem esperança

Uma palavra em comum entre os caminhoneiros é o desejo de tirar Michel Temer da presidência. Faixas pedindo intervenção militar ficam espalhadas na via, apoiadas entre os caminhões. Em veículos menores estacionados, adesivos expressando a mesma aspiração. 

"Pessoas se infiltraram no nosso movimento e espalharam as faixas. Houve resistência nos três primeiros dias, mas depois ficou incontrolável", conta o porta-voz. "A intervenção militar não faz parte do movimento. Se instalou, mas não faz parte". O discurso dos infiltrados se repetiu na fala de vários caminhoneiros ouvidos pela reportagem.

"A realidade é que a gente tá à mercê, sem saber a quem recorrer", conta o cearense Amadeu Ferreira, 36. "Existe um pensamento de que o regime militar pode amparar o Brasil, não só nós caminhoneiros. A gente não vê nenhuma representação na política. Nosso intuito é a melhora pro Brasil, mas sem saber de onde sai". 

Airton Freire, 52, viveu a ditadura militar. Lembra que "não podia protestar" como faz hoje, nem ficar na rua fora de hora. "Mas naquela época não tinha vagabundagem. Tinha moral. Quem era cidadão, era cidadão", pondera. "Foi uma época em que a gente vivia muito preso, por isso foi boa a chegada da democracia. Mas hoje é tanta desesperança que a democracia pode até desaparecer de novo, a gente só quer ver no que vai dar. A intervenção militar é o plano b".

(Foto: Aurélio Alves / Especial para O POVO)

Do grito ao churrasco

Nem só de grito é feito o protesto. Para manter a paralisação é preciso também se alimentar. Isso o sergipano Josivan Alves, 45, entende bem. Morador de Fortaleza há 18 anos, montou um espaço para fazer churrasco e alimentar os grevistas e apoiadores do movimento. Não-simpatizante de nenhum partido político, Josivan não vota há 15 anos, e enxerga como farsa a movimentação pró-regime militar.

"Estou aqui desde terça (22). Aqui todo mundo é caminhoneiro, familiar ou amigo. A gente se reúne, um dá R$ 10, outro dá R$ 5. Há quatro dias a gente se junta, compra carne, assa", diz. "A maioria aqui já se conhece. Mesmo quem não é daqui, se conhece na estrada e vai formando essa corrente de amizade". Cerca de 50 pessoas ajudam a manter o churrasco dia e noite, com linguiça, bisteca de porco, carne de boi e frango.

"Intervenção militar não é reivindicação nossa. Pessoal tá pegando carona em um vácuo na nossa manifestação", denuncia o mineiro Wesley Simplício, 42. "A verdade é que não estamos paralisados aqui porque a gente quer. É que não tinha mais condição de trabalhar. É melhor a gente parar antes de quebrar do que quebrar trabalhando".

(Foto: Aurélio Alves / Especial para O POVO)

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Edição do Dia

Petroleiros convocam mobilização, e Governo ameça entrar na Justiça

A dois dias da greve nacional de 72 horas marcada para começar à meia-noite de quarta-feira, 30, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) convocou para hoje um dia de mobilização em todas as unidades da Petrobras pelo País. A ideia é que os petroleiros não assumam seus postos pela manhã, informa o coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel. Mobilizações do tipo já foram feitas ontem, em seis refinarias e duas fábricas de fertilizantes.
Segundo o líder sindical, a mobilização nacional funcionará como um “esquenta” da paralisação de 72 horas decidida pela FUP em reunião na tarde de sábado, 26. A ideia para a mobilização prévia não é parar completamente a produção.
Ainda no sábado, a FUP entregou o comunicado de greve à Petrobras. A lista de reivindicações inclui cinco pontos, entre eles a demissão do presidente da companhia, Pedro Parente. A categoria pede também a redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha; a manutenção de empregos e retomada da produção interna de combustíveis; o fim da importação de derivados de petróleo; e a desmobilização do programa de venda de ativos promovido pela estatal.
Para Rangel, a pauta de reivindicações “dialoga” com os pedidos feitos pelo movimento grevista dos caminhoneiros e com uma preocupação da sociedade. “A sociedade está sendo penalizada pelos preços abusivos dos combustíveis”, diz Rangel, acrescentando que o objetivo de alinhar os preços dos combustíveis internacionalmente seria uma estratégia da Petrobrás para vender refinarias.
Ontem, o Governo Federal começou a estudar a possibilidade de entrar com ação na Justiça para tentar barrar a greve dos petroleiros. A ação teria de ser impetrada pela Advocacia-Geral da União (AGU), possivelmente no Supremo Tribunal Federal (STF), para ter abrangência em todas as refinarias do País. O assunto foi aventado em reuniões realizadas no Palácio do Planalto.
Rangel afirma não ter conhecimento dos movimentos da AGU, mas, segundo ele, “não será nenhuma surpresa”. O coordenador-geral da FUP destaca que a entidade está certa de que cumpriu todas as exigências legais para garantir o direito de greve, tanto que a paralisação foi convocada para começar 72 horas depois de a decisão ter sido comunicada à estatal. (Agência Estado)

CAOS PODE SER MAIOR
Uma greve de petroleiros terminaria por estender a situação caótica vivida no País por um período imprevisível, na avaliação de um interlocutor do presidente Michel Temer

CLIMA TENSO Após derrota, torcida do Ceará faz protesto na saída do clube da Arena Castelão


Após mais uma partida bem abaixo do esperado, a torcida do Ceará foi protestar no fim da partida após a derrota por 1 a 0 para o Grêmio na Arena Castelão pela Série A do Campeonato Brasileiro.
O público que esteve presente direcionou críticas a atual presidência do clube e aos maus resultados do Alvinegro no ano. O clima esquentou e o policiamento teve que conter os torcedores no local. 
Com a derrota, o Ceará permanece com três pontos na tabela e na vice-lanterna do campeonato. A situação só não é pior porque o Paraná é o lanterna. 
Agora, o  Alvinegro volta a campo já na próxima quarta-feira, 30, para enfrentar a Chapecoense, às 21 horas, na Arena Condá. O duelo é importantíssimo, tendo em vista que o time catarinense possui apenas seis pontos no campeonato e está uma posição acima do Vovô. 

CRISE DOS COMBUSTÍVEIS Governo Temer cede e anuncia queda de 46 centavos no litro do diesel por dois meses

(FOTO: Agência Brasil)
O presidente Michel Temer (MDB) anunciou, em pronunciamento na noite deste domingo, redução no preço do diesel de 0,46 centavos por litro, no período de 60 dias. 
Isso equivale, segundo o presidente, a zerar as alíquotas da Cide e do PIS/Cofins. Os representantes dos caminhoneiros autônomos não aceitaram o congelamento do diesel por apenas 30 dias, como havia sido inicialmente proposto. O governo federal concordou ainda em eliminar a cobrança do pedágio dos eixos suspensos dos caminhões em todo o país, além de estabelecer um valor mínimo para o frete rodoviário.
Essas determinações deverão constar em medidas provisórias a serem publicadas em edição extra no Diário Oficial da União. A expectativa do Palácio do Planalto é que a paralisação, que já dura sete dias e causa enormes prejuízos e transtornos em todo o país, termine logo.
"Os efeitos dessa paralisação na vida de cada cidadão me dispensam de citar a importância da missão nobre de cada trabalhador no setor de cargas. Durante toda esta semana, o governo sempre esteve aberto ao diálogo e assinamos acordo logo no início. Confirmo a validade de tudo que foi acertado", afirmou o presidente.
Temer disse que, nas últimas 48 horas, o governo avançou na negociação dessas novas medidas. "Assumimos sacrifícios sem prejudicar a Petrobras." Ele destacou disse que o congelamento valerá por 60 dias e, a partir daí, só haverá reajustes mensais. "Cada caminhoneiro poderá planejar seus custos. Atendemos todas as reivindicações", ressaltou o presidente.
A equipe econômica foi chamada ao Palácio do Planalto para calcular o impacto das novas vantagens concedidas ao setor. Durante todo o dia, custos, cortes e compensações foram avaliados. Além de restrições orçamentárias, empecilhos legais tiveram de ser examinados.
Na primeira rodada de negociações com os caminhoneiros, quando se acordou que a Petrobras baixaria em 10% o preço do diesel nas refinarias durante 30 dias, e os caminhoneiros fariam uma trégua de 15 dias na paralisação, o Ministério da Fazenda estimou em R$ 5 bilhões o valor das compensações do Tesouro Nacional à estatal.
Agora, com a validade do congelamento do preço nos postos – e não na refinaria – pelo dobro do tempo, as despesas serão proporcionalmente elevadas. Segundo o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, as reivindicações custarão R$ 10 bilhões ao Tesouro. 
Foi anunciado ainda que caminhoneiros terão 30% dos fretes da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Também passará a haver uma tabela de preço mínimo de frete, conforme previsto no projeto de lei 121, agora editado por meio de uma Medida Provisória prometida pelo Planalto. 
"Compreendemos as dificuldades naturais dos caminhoneiros, mas são incríveis os depoimentos que temos recebido referente à falta de medicamentos e insumos básicos na área medicamentosa", afirmou Temer. 
O pacote de bondades surge após sete dias de paralisações de caminhoneiros em várias estradas do País, que vinham provocando forte impacto negativo em toda a cadeia do setor produtivo e no próprio cotidiano da população.  
Redação O POVO Online,
com agências de notícias 
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sexta-feira, 25 de maio de 2018

Marina critica Governo sobre crise dos combustíveis: 'é preciso se antecipar'


A pré-candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, disse que o Governo deveria ter se antecipado para evitar que a crise dos combustíveis tomasse as proporções que atinge hoje, afetando o transporte de produtos, a distribuição de alimentos e combustíveis.

“As autoridades econômicas têm as informações bem antes que nós, conseguem ver as tendências de mercado”, disse Marina durante sabatina realizada ontem pela Folha de S.Paulo, Uol e SBT. “O governo precisa se antecipar aos problemas”.
Marina ponderou que nem todos os valores que impactam no preço final dos combustíveis sofrem de fato variação do dólar. “Ninguém aumenta tarifa de luz todo dia em função do dólar. O preço do combustível tem que seguir uma certa lógica”, disse. Ainda sobre os preços dos combustíveis, Marina defendeu o projeto que estabelece um teto para o valor do ICMS sobre esses produtos.
Questionada sobre a possível candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto, Marina disse que ninguém pode ser candidato após condenação em segunda instância. “No Brasil, há uma mania de fulanizar as leis. Por mais relevante que a pessoa seja economicamente e socialmente, é preciso se adaptar às leis. Não se pode criar dois pesos e duas medidas em hipótese alguma”, defendeu.

Sobre o PT manter a candidatura do ex-líder, afirmou que a atitude é “meramente política”. Para ela, o partido tem no atual cenário uma oportunidade de fazer autocrítica. “É hora de olhar para o grave problema da corrupção e dizer: ‘erramos’. Essa história de dizer que não sabia é uma denúncia. Ou era altamente conivente (com a corrupção) ou altamente incompetente”, criticou.

Marina disse ser favorável a uma atuação independente do Banco Central, mas não considera necessário institucionalizar a autonomia. “O que tem que ter é o compromisso de que não se vai fazer politicagem com o Banco Central”.

Ao tratar da maneira como o Governo conduz a política econômica, por exemplo, Marina disparou: “Temer padece de uma coisa: ele não tem uma equipe econômica. A equipe econômica o tem”, disse.

Sobre propostas para a economia, Marina disse que manteria o tripé da política macroeconômica, trabalhando pela manutenção de um regime com taxa de câmbio flutuante, metas de superávit fiscal primário e controle da inflação.
Agência Estado

Camilo terá problemas ao unir políticos que são rivais nos municípios

A diversidade de partidos que compõe a base aliada do governador Camilo Santana (PT) pode garantir certa segurança para a reeleição, mas também impõe esforço para equilibrar disputas localizadas nos municípios. Abrangendo 24 dos 35 partidos políticos registrados no Brasil, Camilo Santana já enfrenta problemas para encaixar em um mesmo palanque oposição e situação em cidades do Interior. A questão tende a ampliar quanto mais perto estiver da campanha.

Em Iguatu, no último dia 10, o deputado estadual Agenor Neto (MDB), que disputa acirradamente votos com Mirian Sobreira (PDT) na região, foi vaiado por se fazer presente em uma inauguração de escola na Cidade. Por lá, os dois deputados estão longe de conseguir dividir o mesmo espaço, ainda que compartilhem louros à gestão de Camilo.

“Não existe a menor possibilidade de eu dividir palanque com o Agenor. Essa ideia de ‘palanque institucional’ serve para dar mais raiva e causar mais acirramento e discórdia”, enfatiza a deputada Mirian Sobreira.
Para ela, o caso de Iguatu serviu como teste para o Governo do Estado não insistir pela união no palanque de adversários onde a disputa política nos municípios são mais acaloradas. “Lá, somos água e óleo. Não tem condição de juntar. Defendo que cada um faça sua campanha isolado, ainda que acompanhando o Governo. Querer juntar só servirá para causar constrangimento”, considera a parlamentar.
Em Granja, Gony Arruda (PP) disse que viveu no pleito passado a experiência de as alianças estaduais esbarrarem em dificuldade local. Ele prevê que a situação se repetirá. “Conseguimos contornar a situação. Cada um fez a sua campanha e a grande maioria dos votos foi para o governador”, disse o deputado, que defende o caso de Granja como exemplo para as demais cidades.

Conforme publicado pelo O POVO, o deputado José Sarto (PDT), vice-líder do Governo, estimava que essas divergências municipais na base de Camilo oscilassem entre 10% a 15% das cidades que apoiam o petista. Isso, na avaliação do parlamentar, demandaria “maturidade política” para evitar rachas.

Dedé Teixeira (PT) admite que a situação impõe ao governador a habilidade política de administrar constrangimentos, mas defende que os adversários estão unidos em torno do governador. “A gente tem conseguido nesses municípios juntar oposição e situação em cima do mesmo palanque, mesmo que, depois de descer, eles briguem”, considera.

Para o deputado estadual, as dificuldades dependem muito da capacidade de diálogo entre as lideranças. “Tem lideranças que, mesmo com raiva, aceitam estar no palanque. A gente coloca, mesmo sofrendo”, disse. O parlamentar diz que os casos já estão sendo articulados pelo Governo através do secretário da Casa Civil, Nelson Martins.

Em conversa por telefone na tarde de ontem, Martins minimizou a questão, dizendo que este assunto ainda não foi debatido, em suas particularidades, com os partidos. “Isso não vai atrapalhar nossa atuação. Nós vamos trabalhar essas alianças levando em consideração esses casos. Essa situação não está sendo fácil desde 2016, mas não estamos tratando ainda da situação eleitoral”, esquivou-se o secretário, embora admita que tem conversado com prefeitos.

RÔMULO COSTA

APÓS NEGOCIAÇÃO Governo e caminhoneiros entram em acordo para suspender greve por 15 dias


Governo e caminhoneiros chegaram a acordo que cita suspensão da paralisação por 15 dias. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), suspendeu uma reunião com líderes e foi ao Palácio do Planalto para encontrar o presidente da República, Michel Temer (MDB), e representantes dos caminhoneiros. Após a reunião foi anunciado que um acordo foi encaminhado. É esperado que agora a categoria faça uma votação paa definir se encerra ou não a paralisação nacional.

Após 15 dias, será realizada nova reunião entre entidades e governo para acompanhar os compromissos. O acordo prevê o prazo de 30 dias para reajuste dos combustíveis e a manutenção do desconto de 10% no preço do diesel por 30 dias. A União pagará compensação financeira à Petrobrás para garantir autonomia estatal. As informações são de O Estado de São Paulo

"Devo dizer que o presidente Michel Temer autorizou que nós negociássemos oferecendo tudo o que o governo pode dispor para atender às reivindicações. Agora, quero falar aos caminhoneiros. Chegou o momento de olharmos para nossas famílias, para os brasileiros, para as pessoas preocupadas nos hospitais, supermercados, granjas", pede o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Ministro diz que houve 'gabinete de crise' está instalado desde o último final de semana e que governo tinha acompanhamento de todos os locais de protesto. "Agimos com agilidade", garante.

Agência Estado