domingo, 10 de março de 2013


HOSPITALIZAÇÕES

Estado estrutura sua atenção a drogados

10.03.2013

Socorro França, nas novas funções no Executivo estadual com o governador Cid Gomes e a desembargadora Iracema do Vale FOTO: POMPEU VASCONCELOS
Empossada há pouco mais de dois meses no cargo de assessora especial de Políticas Públicas sobre Drogas do Governo do Estado, a ex-procuradora geral do Estado, Socorro França, afirmou que o Ceará já começou as articulações para a instalação do Centro de Referência sobre as Drogas. Segundo ela, o equipamento será instalado em Fortaleza e, como o próprio nome sugere, vai servir como local de referência para as famílias procurarem auxílio para seus parentes que são dependentes químicos. Segundo ela, ainda não há, no entanto, data certa para inauguração.

"Hoje, quando um parente tenta procurar um local para desintoxicar um filho, um marido ou quem quer que seja, ele percorre os hospitais em busca de uma internação, porque não existe uma referência onde ele possa procurar esse auxílio. Por isso é que estamos querendo esse auxílio, e eu digo querendo, porque está tudo pronto para criar o Centro de Referência sobre Drogas", afirmou.

Socorro França disse que a ideia é instalar o Centro na Casa Castelo Branco, que fica ao lado do Parque das Crianças, no Centro da Capital cearense. De acordo com ela, falta apenas a resolução de alguns "impasses", para que a instalação se concretize, entre eles, a remoção de uma pessoa que está morando no local. Depois de resolver esse problema, ela afirma que será feita uma pequena reforma e, em seguida, o equipamento estará funcionando. Ela, no entanto, informou que ainda não há previsão para a inauguração.

Compulsória
"Porque não é só chegar e criar, é manter toda uma rede com os CAPs (Centros de Assistência Psicossocial) funcionando, os hospitais funcionando para o acolhimento, manter as comunidades terapêuticas devidamente funcionando, porque tratar o dependente químico vai da desintoxicação à reinserção social". Segundo ela, além do atendimento, o Centro vai contar com cursos de capacitação, um observatório para colher dados sobre a dependência química no Estado e consultórios de rua, para fazer a abordagem de pacientes.

França afirmou, no entanto, ser contra a internação compulsória, como acontece em estados como Rio de Janeiro e São Paulo, e como deputados estaduais estão propondo que passe a ocorrer no Ceará. Para ela, nenhum dependente químico deve ser tratado por meio da força.

"O que ele precisa é de um acompanhamento, que começa com a desintoxicação (que ocorre nos hospitais)", acrescenta. Ela alerta, contudo, que os usuários não devem permanecer por muito tempo nessas unidades de saúde. "Hospital não é lugar de dependente (químico). Hospital é para que ele possa em poucos dias se desintoxicar. Lugar de dependente é, na realidade, na comunidade terapêutica, mas que elas sejam capacitadas".(via DN)
 

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